A muitos anos atrás duas pessoas encontravam-se com a finalidade de viverem juntas para sempre, porém a vida não os poupou.
Anos após veio a separação e caminhos divergentes aconteceram. Cada um foi para um lado sem estarem preocupados um com o outro. Águas rolaram, acontecimentos alegres e tristes os mostraram alegrias e arrependimentos. Porém, anos após, como num passe de mágica, mais uma vez a vida os pregou uma peça. A solidão a dois que ambos sentiam os fizeram deixar para trás experiências boas e algumas mal vividas. Transformaram-se em pessoas diferentes, pois o tempo é a escola da vida. Mudaram hábitos, atitudes, comportamentos. Mudaram muito, quase tudo, mas não perderam a amizade que sentiam um pelo outro. E como dizem: "um raio não cai na cabeça por duas vezes", eles se enganaram. Caiu sim! A vida se incumbiu de os unir num momento especial. E eles se reencontraram. A vontade em viver e reconquistar cada espaço, agora, não tem pressa. A antiga correria transformou-se em prazer de coisas, às vezes, banais. A natureza transfromou-se numa aliada. Um belo por do sol; uma caminhada a dois; o cheiro do ar puro do mar fazem parte desta reviravolta. O respeito transformou-se numa grande verdade, pois amadureceram. Conheceram a dor do não, mas também a alegria do sim. Aprenderam dizer palavras com reservas para não se machucarem, pois, viveram muitos outros momentos: caíram, levantaram, reergueram e reaprenderam com as teorias e práticas que a vida nos impõe. Agora é somente uma questão de paciência. Uma paciência engraçada, onde precisarão, antes de tudo, se reconhecerem. Reconhecerem com os erros e acertos. Saberem se entender. Reconstruírem juntos, e de novo, uma vida a dois baseada na maturidade e coerência. É preciso muita paciência para que ela seja transformada em total alegria. Mas nada será igual à antes. O tempo passou, porém a felicidade não ficou perdida; será reconquistada a vontade dos dois, com lealdade, querência, companheirismo e compreensão.
A felicidade acontecerá. Os dias se ascenderão. As manhãs cantarão, as tardes e as noites resplandecerão. E tudo se acalmará.
* Rebiza