Ser PROFESSOR

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Somos Seres Humanos!

Ainda há pouco minha internet caiu!!! Que será que houve? Erro do Provedor, do Satélite? De quem ou de quê? Por que ficamos procurando erro em algo que poderia ser óbvio, visto os entraves que possam acontecer a todo momento?

Fiz essa pergunta ainda há pouco, antes de começar escrever esse texto que não é em prol da internet especificamente, mas em favor daqueles que criam ferramentas para auxiliar aos professores na difícil tarefa ensinar nos dias de hoje.

Lembro que ao ingressar no magistério municipal não encontrei nenhum “amparo” que me fizesse trabalhar da melhor forma possível com as crianças de uma escola na zona oeste do Rio. Foi muito difícil, mas tive um anjo que se chamava “diretora” e me acolheu com seu carinho e ética, facilitando meu trabalho nesta rede tão grande e diversa quanto a que trabalhamos. 

Como este “anjo”, encontrei ao longo da minha jornada de trabalho inúmeros “anjos” que me ajudaram a caminhadar. Uma delas foi professora Nazareth Barros, que, com seu carisma e entusiasmo, há duas décadas me incentivou a escrever poesia, ou qualquer outro gênero textual, para trabalhar com alunos naquilo que eu mais gostava de fazer, ler e escrever. Lembro bem, era a Semana da Alfabetização!

Comecei este texto falando de erros, pois me tocou muito tudo que tenho lido e visto na mídia, sobre os erros, falhas ou lapsos encontrados no caderno pedagógico de Matemática, quando sairam trocadas duas capitais de estados do Brasil.
Ressalto aqui que ao escrever meu primeiro livro solo editado por uma pequena editora de um competente professor da rede, tivemos três revisores (uma professora da rede), além de mim, e assim mesmo passaram despercebidos pequenos erros que poderiam ter sido colocados em xeque toda lisura daqueles que revisaram e de mim mesma. 

Volto a falar dos cadernos e de quem os fez, além daqueles que os revisaram, pois são todos professores da rede, pessoas responsáveis, com anos de magistério, que se fizeram ao longo desses anos competentes por tudo que apresentaram de positivo para nossos alunos, seja regendo turma, seja trabalhando na ou para a equipe da direção, nas  CREs, gerenciando setores da Coordenadoria ou mesmo na própria secretaria. Todos fazem parte integrante desse aglomerado de pessoas do bem. Todos sofrem. Todos se alegram. Todos erram. Todos acertam. Todos compartilham de uma forma ou de outra o bem comum que são os alunos e a quem devemos respeito. E é por eles que estamos aqui. É por eles que escolhemos fazer parte da educação. É por eles que trabalhamos incansavelmente pensando que cada um poderia ser nosso filho ou neto.

Sabemos que os cadernos pedagógicos são ferramentas, assim como o livro didático, e com isso não o único recurso para nossos alunos estudarem. Sei também que foi enviada às escolas uma ERRATA sobre os equívocos dos mesmos e mesmo assim não foi suficiente para fazer entender que errar é “humanamente humano”, não fazendo com isso desmerecer aqueles que os produzem. 

Como professora da rede, hoje aposentada, fui agraciada com a oportunidade de fazer parte da Educopédia no seu nascimento, em 2010 e, continuando esta caminhada de compartilhamento, hoje faço parte de um grupo maravilhoso de rioeducadores, composto por professores da rede que veio mostrar ao mundo tudo de bom que existe em nossas escolas através das publicações no Portal Rioeduca. Temos uma coordenadora que fervilha emoções e descobre caminhos para que a rede municipal não fique à sombra. A tudo isso chamo de ideal. Não pense que nosso grupo desconhece o trabalho árduo das escolas! Pelo contrário! São professores regentes de turma, com alguns ou muitos anos de magistério, os quais têm a percepção da beleza e competência que essa rede de professores cria em prol de seus alunos. 
E é por isso que estou aqui, não para botar minha cara a tapa, até porque não é essa minha intenção, mas para dizer que acredito na vontade de acertar, nessa vontade de criar fórmulas para que nossos alunos sejam os melhores e que possam ser seres humanos que não se amedrontem em ousar para obter o melhor para si e para a sociedade como um todo. Vejo isso em cada rosto de integrantes do projeto quando vou à SME. Vejo como vibram quando somos (nós, professores da rede) parabenizados. Ninguém quer nada para si, até porque tudo que está sendo feito é para ficar na rede, é para ela e por ela, nada para estar apenas um tempo. 

Uma pessoa que me fez acreditar no poder da inovação foi Rafael Parente. Por ele tenho grande admiração, porque ele ousa, ousa sonhar e fazer aquilo que muita gente teve vontade e não fez.

Texto produzido em 19/05/2013.

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