Era uma vez uma escola, muitas
crianças, vários professores e poucos inspetores... Muita simplicidade, muita cumplicidade e uma tremenda amizade.
Há muitos anos atrás estudei num instituto
de ensino, o Instituto Agras. Foram anos maravilhosos que se passaram desde o
Jardim de Infância até a 8ª série.
Lembro-me perfeitamente da minha sala
de aula quando eu e meus colegas sentávamos em carteiras germinadas, onde cabiam, apertados, três
alunos em cada uma. Tudo em madeira e nada de mobiliário em MDF ou em ferro.
A sala de aula era pequena.
Não havia quadro branco, TV, DVD, laptop, nem luz fluorescente!
Uma gambiarra pendia do teto bem alto duas lâmpadas entre as extremidades da sala de aula, iluminando os dias escuros de chuva, pois a claridade, quando havia sol, era natural.
A sala de aula era pequena.
Não havia quadro branco, TV, DVD, laptop, nem luz fluorescente!
Uma gambiarra pendia do teto bem alto duas lâmpadas entre as extremidades da sala de aula, iluminando os dias escuros de chuva, pois a claridade, quando havia sol, era natural.
Nossos professores tinham uma postura enérgica,
estreita, mas mesmo assim aprendíamos bem. Líamos muito e conversávamos pouco. Não
haviam Projetores de imagem, nem Home Theater beneficiando nossos olhos e
ouvidos com uma imagem em HD e um som de dar inveja a muita gente.
Com toda
essa falta de
infraestrutura de um colégio que era particular, éramos felizes!
O horário de merenda era geral. Saiamos
todos ao mesmo tempo respeitando os colegas e os poucos inspetores que existiam
naquele pátio enorme. Nossos lanches (aff!!),
chocolate quente ou café com leite e pão com manteiga, que podiam ser substituídos
por sucos naturais, eram trazidos de casa e na hora do recreio merendávamos em
volta de uma frondosa árvore no meio do pátio de terra batida, no fundo da
escola.
Que saudade!!!!!
Que saudade!!!!!
Aprendemos a rezar, fizemos comunhão
pela escola e participávamos obrigatoriamente de todos os eventos que o colégio
e professores promoviam, como desfiles cívicos e competições nas aulas de Educação
Física.
Não havia Laboratório de Ciências,
nossas experiências científicas eram feitas na própria sala de aula, com nosso querido professor, Sr. Celso.
Estudávamos a letra e cantávamos todos os dias o Hino
Nacional antes da entrada. Cantávamos o Hino a Bandeira,
o Hino da Independência e até o Hino ao Marinheiro... “Qual cisne branco que em
noite de lua, vai deslizando no mar azul...”.
Cantávamos o Hino à França, em
homenagem a matéria que tínhamos todos os anos do ginásio, antes de nos “enfiarem”
a língua inglesa como prioridade.
Muitos alunos se formaram em médicos,
engenheiros, professores. Noticias de que algum tenha ido por caminhos
tortuosos nunca tivemos.
Fomos felizes e felizes...
E muito,
mas muito felizes sentados nessas "calientes" carteiras de três em três!
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