Ser PROFESSOR

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

TRADUZIR-SE

Minha homenagem a Ferreira Gullar.


TRADUZIR-SE

Uma parte de mim

é todo mundo:

outra parte é ninguém:

fundo sem fundo.


Uma parte de mim

é multidão:

outra parte estranheza

e solidão.


Uma parte de mim

pesa, pondera:

outra parte

delira.


Uma parte de mim

almoça e janta:

outra parte

se espanta.


Uma parte de mim

é permanente:

outra parte

se sabe de repente.


Uma parte de mim

é só vertigem:

outra parte,

linguagem.


Traduzir-se uma parte

na outra parte

- que é uma questão

de vida ou morte -

será arte?



Ferreira Gullar












quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Uma vitória anônima e uma "presente".

Há seis anos venci uma gincana, a Gincana Cultural Professor Autor, quando participaram 2000 professores de todo Brasil. Foi dirigida pela Profª Doutora Sônia Rodrigues e sua equipe. Todas as informações da Gincana encontram-se AQUI, no Portal da Eucação Pública.

Como aconteceu: Quando me inscrevi, trabalhava como CP de uma Escola Municipal da Cidade do RJ.
A Gincana era totalmente online e cada participante tinha uma espécie de bloco de notas, onde digitávamos os textos direcionados a direção. Só após a aprovação é que os mesmos eram postados nas páginas dos participantes.

Foram 4 meses de muita leitura e escrita. Produzi, aproximadamente, 700 textos e, aproveitando alguns, fiz um livro, um verdadeiro diário de bordo_MINHA VIDA, VÁRIAS HISTÓRIAS, da Editora do Autor, 2006, em parceria com o Projeto Abrace um Aluno Escritor.

Ao fim do jogo sagrei-me vitoriosa, não tendo recebido nenhuma felicitação da minha Secretaria de Educação/Gestão 2004, porém os inúmeros elogios de colegas das escolas e da minha família foram o suficiente para aumentar minha felicidade.
Tenho certeza, fosse hoje, se trouxesse o primeiro lugar ao Município, a atual gestão SME/RJ não deixaria passar despercebido, pois temos uma Secretária envolvida com a resolução dos problemas e o sucesso de todos, alunos e professores.

Sinto como foi importante esse desafio para minha vida, profissional e pessoal, e hoje na ABL, Academia Brasileira de Letras, pelo Projeto POESIA NA ESCOLA/SME/RJ, mais uma vez sinto-me lisonjeada em receber, junto à outras colegas selecionadas, uma homenagem que teve a presença do ilustre escritor e acadêmico FERREIRA GULLAR, conforme foto ao lado.
Nas fotos a seguir momentos de alegria e o encontro com a Profª Celia Napole, Chefe da 5ª CRE, a quem tenho muita estima e consideração.

Abaixo, transcrevo o poema selecionado, de minha autoria
TODAS AS MÃES,
que encontra-se na Coletânea de Poesias/2010_ Profissionais da Educação/SME, página 56 [quem diria, meu número de sorte!].

Em algum dia ouvi dizer
Que uma MÃE é o maior bem,
Eu pensava em criança:
Uma mãe o mundo tem.
Mas na verdade cresci
E tudo quanto eu vivi,
Mostrou-me quem se abstém.




As crianças que as tem
Devem dar-lhes muito amor,
Uma mãe não só amiga,
Como tantas, provedor.
Servem como tantos pais,
Pai e mãe, juntos... Demais!
É alimento e cobertor.


E há muitas com fulgor
Que nasceram para dar,
Mesmo que não seja um filho
De seu ventre a gerar.
Esta mãe, tão poderosa,
Forte e bela, tão formosa,
Quer com fé dele cuidar.


E há que a desafiar
Na mais dura profissão,
Fazendo da sua vida
Uma longa previsão,
Para que seu filho tenha
Mais estudos e que venha
A ser um bom cidadão.




Tantas coisas elas são
E se aqui formos listar
Não dará a enciclopédia
Nem um livro a encadernar,
Pois as mães não têm conceito,
Só a elas o direito
De seu filho acalentar.






E as mães, mesmo além-mar,
De todos locais do mundo,
Cada uma de seu jeito
Tem sempre o mais profundo
Amor pelo o seu filho,
Nada é um empecilho,
Tudo faz em um segundo.

Sem seu bem maior, fecundo,
Tudo pode acontecer
Que vai da triste lembrança
Ao morrer no amanhecer.
Qualquer uma vai ficar,
Sem seu bem a embalar,
No maior de seu sofrer.


Ela, Mãe, é um envolver,
Que nos dá muita esperança,
Mesmo que em nossa velhice,
Muito mais quando criança!
Sempre uma bela homenagem
Fazem dela a decolagem
Para sermos semelhança.

Mas não basta uma festança
Temos que dar alegria,
Sendo bons pra toda vida,
Vivermos em harmonia.
Todos nós temos que honrar
Nossa vida e agarrar
Como fosse último dia!

domingo, 14 de novembro de 2010

Três meses!

Já se passaram três meses e você está ficando um rapazinho. Puxa o cabelo, sorri, faz beicinho... Dedo na boca, alegria lhe sobra...
Já tens tantas preferências! Sua irmãzinha, mamãe, as bobagens do papai, o ventilador de teto [rsrsrsrs!!!!], a TV, o banho, passeio de carro... Ah! E uma coisa importantíssima: vais ser o Menino Jesus, num auto de Natal, com seu pai e sua mãe. Não é lindo?
No início da vida [que sempre lhe será muito grata], você já tem muita coisa para contar, imagine quando você tiver seus filhos e netos? E bisnetos?
Mas, nunca esqueça de Deus, Ele é seu norte. Foi Ele quem te deu essa linda história, uma grande história, uma história que jamais será apagada. Veja quanta coisa você consquistou em três meses! Já poderia estar no livro dos records. 
Mas, e eu, na minha babação de avó, fico observando como o mundo hoje é diferente. Você só falta falar. 
És meu anjinho, anjinho que veio alegrar minha vida. 
Mais uns dias você estará todos os dias comigo. Hum... não quero lhe decepcionar. Quero ser a melhor e maior avó do mundo. Quero lhe dar mais e mais amor, carinho, cumplicidade.
Você é lindo, meu bebê!
Te amo!